Os tempos parecem nebulosos, sombrios. Nosso olhar, algo descuidado, parece vislumbrar um céu cinzento, prenunciando somente tempestades e destruição. É preciso que enxerguemos além dos horizontes estreitos, é preciso que busquemos através da força da oração a comunhão com mundos ditosos, onde reinam paz e harmonia.
Jesus, espírito lindo e luminoso, deixou mundos superiores e veio à Terra nos mostrar o seu amor, descortinando-nos o véu da ignorância, mostrando o caminho que todos nós devemos seguir, trazendo as verdades de Deus e a vida eterna. Em sua trilha de renúncia e sacrifícios, foi curando os doentes de variadas enfermidades, foi iluminando corações para o seu apostolado e foi ensinando pelo exemplo, arrastando multidões para o seu reino de amor. Ensinou-nos a vigiar e orar.
A vigilância sobre nós mesmos é condição primeira em pensamentos e ações. O pensamento antecede o ato e pode surgir como um lampejo, construtivo ou destruidor, bondoso ou maquiavélico, caridoso ou egoísta, orgulhoso ou humilde, vaidoso ou altruísta. Depois, seguem-se nossos atos e as consequências. Lembremo-nos de que, na raiz de um resultado, houve o plantio da semente cujo fruto saboreamos doce ou repelimos pela amargura.
Através da oração, estreitamos o canal entre a terra e o céu. Haurimos forças para os embates diários e nos fortalecemos diante das dificuldades. Quando necessária, a dificuldade continua a mesma, porém nós, mediante a prece, nos alimentamos de forças tais que o problema parece diminuir.
É importante que não nos esqueçamos de que a vida não é uma viagem de passeio, mas um caminho de progresso. Nossa evolução se faz pelo aprimoramento, e a dor poderá ser o aguilhão a nos impulsionar até a perfeição. Esse processo é longo e passa por inúmeras etapas reencarnatórias. Durante esse longo caminho de aprendizagem, vamos incorporando valores imperecíveis. O cenário material muda de acordo com a necessidade, alternando facilidades e dificuldades, conforme determinação superior, calcadas em nossas opções pregressas.
Já é hora de nos comportarmos com mais consciência, mais responsabilidade com a vida, cumprindo os nossos deveres sem queixumes, abraçando nossos irmãos de caminhada terrena, praticando a benevolência para com todos, a indulgência para as faltas alheias e o perdão das ofensas. Tudo isso requer esforço e disciplina. Um esforço diário de combate às nossas más tendências, vencendo tentações íntimas e distribuindo amor por onde passarmos.
A consciência de que a existência insere responsabilidades e compromissos deve constar em nosso mundo íntimo. Esclarecidos de que o berço não significa o começo de tudo e de que o túmulo não encerra a vida, ganhamos novas forças para uma caminhada corajosa e destemida. A fé nos conferirá certeza do amparo celestial e dos companheiros de jornada evolutiva. Ela mesma nos fará confiar num futuro cheio de promessas felizes, de dias de céu azul e de horizontes onde alegria, paz e saúde se nos apresentarão a mancheias.
Confiemos em nosso Cristo Jesus e sigamos confiantes sem medo do porvir, certos de que Deus é nosso Pai, bom, sábio e justo e jamais nos desampara!
Por Denise Gasparetti Drumond, Comunidade Espírita “A Casa do Caminho” – ‘Tribuna Livre’ Publicado no espaço quinzenal cedido pelo Jornal Tribuna de Minas, 01 de janeiro de 2021, Juiz de Fora, MG.
Por mais que algumas tímidas chamas de esperanças, vez por outra, nos assanhem as vontades passageiras, a dura realidade da escola da...
A humanidade planetária passa por momentos delicados, descortinando a todos novas situações a serem vivenciadas e superadas, na busc...
Os tempos parecem nebulosos, sombrios. Nosso olhar, algo descuidado, parece vislumbrar um céu cinzento, prenunciando somente tempestad...