Neste pequeno mundo chamado Planeta Terra, há uma variedade quase infinita de habitantes, distintos entre si, por tantas características quanto é o número dos que na Terra habitam. Não são as diferenças físicas, biológicas, raciais e aparentes a que nos referimos nestas linhas. Não se trata do homem exterior, mas do ser interior, em suas delicadezas, gostos, sentimentos, forças ou ausência de preferências multifacetadas. Esse ser encarnado que a cada dia passa por uma nova lição e, de experiência em experiência, pode crescer em valor correspondente.
O que não nos falta nesta jornada planetária é a luta cotidiana, barreiras a serem vencidas, obstáculos a superar e intempéries a experimentar. Como também não faltam, neste leque de variedades humanas, aqueles que fraquejam diante da luta, os que fogem aos deveres a que devem observar e outros que abandonam o bom combate.
Paulo, o Apóstolo, ensinando sobre o caminhar de Cristão, escreveu em carta, aos seus amigos de Corinto: “Por isso não nos deixemos abater. Pelo contrário, embora em nós, o homem exterior vá caminhando para a sua ruína, o homem interior se renova dia a dia”.
No Espiritismo, aprendemos e procuramos viver como quem já sabe e conhece as leis infindáveis da reencarnação e por conseguinte entende-se a eternidade da existência do homem interior, esse que não se deixa abater e busca caminhar sempre mais adiante, sabendo que a luta enriquece-o na experiência, a dor aprimora-o nas emoções, e o sacrifício tempera o caráter.
À medida que o tempo vai passando, e o corpo físico denuncia seu natural desgaste, a alma eterna e imperecível se renova momento a momento, colhendo os frutos dos aprendizados de cada experiência vivida, pois a doença não atinge a alma, quando essa não se aflige em remorsos. A velhice não perturba, porque essa vive à luz da eternidade. O espírito consciente da temporalidade física não se agarra às cascas dos seres e das coisas passageiras, busca sempre a riqueza da vida eterna. Mesmo que a prova a ser enfrentada pareça invencível; a dor, insuperável; a tristeza, um manto espesso; não devemos nos retirar da posição de lutador, de pessoa esforçada no bem, dedicada ao bom combate.
O dia de amanhã voltará, apresentando-nos uma nova jornada, em que devemos permanecer firmes no serviço que nos cabe, na corrigenda determinada, na educação necessária e na aceitação da vontade do Pai.
Não abandonemos o grande sonho de conhecer o bem maior e fazer-nos melhores nos domínios superiores, pois a vida é processo renovador, em toda parte, e, segundo as palavras de Paulo, o Apóstolo, ainda que a carne se corrompa, a individualidade imperecível se reforma, incessantemente.
Por Iriê Salomão de Campos, Comunidade Espírita “A Casa do Caminho” – ‘Tribuna Livre’ Publicado no espaço quinzenal cedido pelo Jornal Tribuna de Minas, 26 de fevereiro de 2021, Juiz de Fora, MG.
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