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Plantio e colheita

Qualquer revolta deve ser afastada de nossa emoção, tal é o mal que deste sentimento primitivo resulta. Se passamos por dificuldades, o momento exige mais prudência e ponderação, porque, na ânsia de solucionar um problema, corremos o risco de atropelar quem passa ao nosso lado, somando mais uma dificuldade às tantas já enfrentadas.

É sempre bom lembrar que os sofrimentos pelos quais passamos decorrem das violações cometidas contra as Leis divinas, não importando se cremos ou não. Elas são um fato tal qual a Lei da Gravidade, mesmo que seja não vista, nos traz para baixo quando desafiamos as alturas e a queda e dores subsequentes são inevitáveis.

As Leis de Deus, ao contrário que há muito se pensa, não são Leis punitivas, elas nos servem de advertência, fazendo-nos sentir pessoalmente a diferença entre a alegria e a tristeza, a saúde e a doença, a fartura e a míngua, o bem e o mal.

Vivenciando essas experiências por vezes extremamente árduas, sem permitir que a ira encontre residência na alma, inicia-se o processo de compreensão, segundo o qual colhemos aquilo que plantamos. E a colheita é sempre posterior ao tempo do plantio.

Por isso Jesus afirma: “Tudo o que vós quereis que vos façam os homens, fazei-o também vós a eles, porque esta é a lei e os profetas”. (Mateus)

Em outro momento de sua vida, no Sermão do Monte, Jesus reafirma o ensino de modo mais amplo: “Com a medida que medirdes, também sereis medido”. É a lei da causa e do efeito. Toda causa corresponde a um efeito, e este será da mesma natureza da causa que o originou. Por isso a revolta é um testemunho da ignorância quanto às Leis Divinas.

Tudo quanto dermos, receberemos de volta, seja para o bem ou para o mal, tendo eco em nossas vidas em bênçãos ou em sofrimentos.
Essa regra ensinada pelo Cristo, quando praticada por uma ou mais pessoas, leva para aquele ambiente a extinção das dificuldades que embaraçam o progresso moral, desobstruindo as dificuldades, na proporção que se dissolve o egoísmo. A sombra do sofrimento cede lugar à luz da solidariedade, da paz e das mais elevadas virtudes, pois todas as boas emoções frutificam nos corações daqueles que se dispõem a servir ao Mestre, Jesus, através do amor ao próximo.

Por Iriê Salomão de Campos, Comunidade Espírita “A Casa do Caminho” – ‘Artigo do Dia’ Publicado no espaço quinzenal do Jornal Tribuna de Minas, 02 de abril de 2016, de Juiz de Fora – MG.

22 de abril de 2019 por: A Casa do Caminho