Tudo no círculo da natureza, onde se inclui a vida humana, obedece ao espírito da sequência.
Quando somos surpreendidos pelo gigantismo estrondoso de uma catarata, mal pensamos na soma de milhares de pequenos regatos. A frondosa árvore que nos acolhe, sombreando o caminho, um dia foi minúscula semente. O homem genial que revoluciona a sociedade enfrentou dificuldades nos tempos de alfabetização. Aquele imponente projeto arquitetônico, para se tornar real, necessitou da brutalidade do martelo e da picareta.
Basta observar a vida com a seriedade necessária e veremos que, na natureza, nada dá saltos. Isso porque, indiscutivelmente, por sabedoria divina, somos regidos pela Lei de Causa e Efeito, que significa ser responsável por tudo o que se faz, individual e coletivamente.
Se estamos aqui, hoje, imersos no oceano de emoções agradáveis ou não, significa que, no passado recente ou distante, de alguma forma e maneira, construímos o presente que vivemos, ao mesmo tempo em que estamos erguendo o nosso futuro. É a reencarnação somada ao exercício do livre arbítrio.
Ao exclamar: “Paz na Terra aos homens de boa vontade!”, Jesus dirigiu-se a todo aquele que traz em si, mesmo tênue, o desejo de melhorar-se. E a paz não se limita ao silenciar dos canhões ou ao calar dos gritos destemperados. Paz na Terra requer que cada um encontre em si o equilíbrio e a força que o movimentarão rumo ao progresso.
Em sua carta aos Romanos, Paulo, o Apóstolo, diz: “Não ambicioneis coisas altas, mas acomodai-vos com as humildes.”.
Ninguém dentre nós deve almejar grandes realizações de um dia para o outro. Primeiro é necessário disciplinar-se na execução das pequenas tarefas da rotina diária, conquistando experiência e conhecimento para a jornada mais adiante.
Agora é o momento decisivo. Qual caminho seguir? Continuar onde se está sujeito às agruras mundanas? Ou seguir em frente, valorizando a vida como tal é: um presente divino para o exercício das leis de progresso?
A palavra de Paulo, o Apóstolo, é sábia e justa, por nos mostrar que se escalamos com determinação o sopé e as faixas intermediárias da montanha da evolução, com mais facilidade chegaremos ao seu topo e, se acatamos com modéstia as pequenas tarefas, nos preparamos para sermos os homens de boa vontade, aclamados por Jesus.
Iriê Salomão de Campos, Comunidade Espírita “A Casa do Caminho” – ‘Artigo do Dia’ Publicado no espaço quinzenal cedido pelo Jornal Tribuna de Minas, 10 de dezembro de 2016, Juiz de Fora, MG.
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