“Observando a história da humanidade em todos os tempos, sem qualquer esforço de percepção, podemos encontrar um longo e profundo rastro de sangue, resultante dos intermináveis conflitos, resultantes das mais derivadas desordens. Nem mesmo o Filho estimado de Deus foi poupado da ignomínia da população, dos governantes e dos religiosos do tempo de então.
As emoções dos homens progrediram muito pouco a despeito dos ensinos e dos exemplos de amor e perdão legados por Jesus.
É necessário entendermos que todo ato de violência, por mais justificativas que se encontrem nas ciências psicológicas e sociais, sempre frutifica em uma alma despida de amor ao próximo e que guarda em si a mente doentia ou, como ensinam os amigos espirituais, uma ou mais obsessões.
O agressor é incapaz de perceber ou avaliar, com mais precisão, as consequências de seus atos diante da lei humana, lei essa que conhece e sabe calcular o seu peso como infrator, e não a teme. Como temerá a lei de Deus, que se fundamenta em amor e perdão, dois sentimentos que o orgulhoso e o egoísta desconhecem?
Por tais questões, Jesus nos exorta o cultivo e o aprofundamento das reflexões sobre a importância do perdão. Ao fazê-lo, o divino Mestre indica bem mais que o aperfeiçoamento moral; Jesus está nos apontando o caminho para o conforto íntimo e pessoal, de modo que vivamos para trabalhar e servir ao bem comum, a partir de nossa capacidade equilibrada. Equilíbrio que é sustentado pela certeza da permanente e constante bondade do Pai, que se sobrepõe a todas as ideias, vontades e ideologias humanas.
Pensemos um pouco no tempo. Onde estão os homens do passado, que sacrificaram o Cristo, quem foram eles, o que pensavam? Essas e outras tantas centenas de cabeças coroadas da humanidade se foram, assim como os dias contados nos calendários. Mas o Cristo, em seus ensinos, exemplos e verdade, continua vivo e atuante entre nós aqui e agora, ensinando, socorrendo e instruindo, para que façamos ao outro o que gostaríamos que o outro nos fizesse.
Emmanuel nos ensina: “Quantos perdoem os golpes e as injúrias, agravos e perseguições apagam incêndios de ódio ou extinguem focos de delinquência no próprio nascedouro, amparando legiões de criaturas contra o desequilíbrio e resguardando a si mesmo contra a influência das trevas”.
Jesus é o Caminho, a Verdade e a Vida. Caminho que devemos seguir, Vida que devemos viver e Verdade que devemos ser.
Por Iriê Salomão de Campos, Comunidade Espírita “A Casa do Caminho” – ‘Tribuna Livre’ Publicado no espaço quinzenal cedido pelo Jornal Tribuna de Minas, 13 de janeiro de 2023, Juiz de Fora, MG.
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