Afirmou Jesus: “O Reino dos Céus é semelhante a um grão de mostarda, que um homem tomou e lançou no seu campo; o qual grão é, na verdade, a menor de todas as sementes, mas depois de crescida é a maior das hortaliças e faz-se árvore” (Mateus).
Todo espaço ao redor de nós e o imenso e infinito, onde gravitam os astros e brilham as estrelas, o lado material e espiritual, é o Reino dos Céus. Aos olhos materiais apenas, esse Reino é uma semente de mostarda, mas, depois de estudado, assim como se dilata a semente quando germinada, transforma-se o nosso modo de pensar e sentir. O conhecimento do Reino dos Céus cresce em nós, dilatando nossa visão e tornando-se apoio moral e espiritual. Conhecer esse Reino é conhecer a verdade, para isso Jesus veio à Terra. A verdade que liberta, porque nos mostra a grandeza de Deus e o propósito da vida.
De nossa parte, é fundamental que trabalhemos essa semente, com o concurso da boa vontade, no terreno fértil do burilamento íntimo, para que ela se modifique e se engrandeça em árvore.
De outra vez, Jesus se serviu do grão de mostarda, comparando-o à fé: “Porque na verdade, vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá, e ele há de passar, e nada vos será impossível” (Mateus).
A fé, como o grão de mostarda, deve ser cultivada e fortalecida através do estudo, da pesquisa, da observação, a fim de crescer junto ao conhecimento e à vivência do Evangelho de Jesus. O Mestre, na segunda passagem, ensina aos discípulos e à humanidade que as montanhas transportadas pela fé são as dificuldades, as resistências, o egoísmo, as paixões orgulhosas, que impedem o progresso do homem, e que cabe a cada um transpor, através da fé robusta que se traduz em perseverança, energia, confiança para vencer os obstáculos, tanto nas pequenas quanto nas grandes coisas.
Assim como o grão de mostarda, a tendência da fé é o crescimento, sem imposição nem prescrição, mas através da vontade individual e da busca do conhecimento das verdades espirituais. A fé cristã não nos isenta dos problemas do caminho, da reforma íntima que devemos realizar e das provações pelas quais tenhamos que passar. Assim como a semente sofre para ser planta, as dores e as dificuldades são exercícios de aprimoramento. Lembremo-nos de Jesus, que, não obstante, tenha sido vitorioso e salvador para a humanidade, experimentou a ingratidão, o abandono e a traição.
O Cristo não traçou condições nem tempo ou lugar: para acesso à verdade, cada um tem o seu dia. Na caminhada de progresso espiritual, busquemos fertilizar sentimentos e atitudes com a mensagem renovadora de Jesus, a fim de que o grão de mostarda se faça árvore, buscando viver a verdade, como orientou o Mestre: “Conhecereis a Verdade, e a Verdade vos libertará” (João).
Por Denise Pereira Rebello, Comunidade Espírita “A Casa do Caminho” – ‘Tribuna Livre’ Publicado no espaço quinzenal cedido pelo Jornal Tribuna de Minas, 17 de janeiro de 2020, Juiz de Fora, MG.
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