“Ainda que eu falasse a língua dos homens e dos anjos, se não tiver caridade, sou como o bronze que soa, ou como o sino que tine… e se tiver toda a fé, até ao ponto de transportar montanhas, e não tiver caridade, não sou nada.”
Paulo de Tarso, abnegado apóstolo do Evangelho, diante dos apelos daqueles que, em comunidades mais distantes, solicitavam-lhe a presença à época, inicia o trabalho de escrita de cartas, cujas mensagens transcenderam o tempo e reforçaram os ensinamentos de Jesus. Suas epístolas se tornaram documentos de seu trabalho missionário, não se destinando a uma igreja particular, mas ao Cristianismo. Paulo destaca o quão sublime é a virtude da caridade, que se expressa em ato de amor, resumindo-se no caminho de salvação, já que na ausência da caridade estamos distantes do que Deus espera de nós.
E falar em caridade e amor é lembrar Jesus. Referimo-nos, aqui, à caridade nas atitudes e nos sentimentos e ao amor que cura, como afirma d. Isabel Salomão de Campos, em suas palavras cotidianas e à frente dos trabalhos d’A Casa do Caminho. Não o amor que os homens fantasiam, mas aquele que levanta o caído do caminho, que devolve esperança e que liberta ao esclarecer.
Lembrar Jesus entre os homens, sua passagem no Planeta Terra e os ensinamentos vividos por Ele é lembrar da caridade e do amor, ampliando a compreensão dessa prática virtuosa e desse sentimento. Jesus se fez perfeito instrumento do amor de Deus na Terra, fazendo-se fraco para os fracos e forte para os fortes, a fim de chegar aos corações, por ora cheios de orgulho, indiferença e desprezo, a outros um tanto aflitos e angustiados e a outros, ainda, prontos para iniciar o exercício do amor ao próximo. Despertando almas para o caminho do bem, o Mestre envolveu todos que por Ele passaram, cada qual em sua posição, cada qual com sua dor e com sua necessidade.
Lembrar Jesus é viver a caridade, material e moral, é dar sem olhar a quem, é ser instrumento do equilíbrio e da serenidade onde a perturbação e as lágrimas acamparem. Lembrar Jesus é, ainda, aprender com as lutas e as dificuldades, renovando-nos no caminho, através das lições, que nos conduzem ao progresso.
Tantos ensinamentos que vencem os séculos e nos procuram nas experiências que a vida nos apresenta, nas tarefas diárias e nas relações com nossos irmãos de caminhada. Nos pequenos sacrifícios à frente da vida e dos outros, temos o caminho a percorrer, a fim de alcançarmos a vivência da caridade e do verdadeiro amor.
Segundo Emmanuel, não nos cansemos de fazer o bem, convencidos de que a colheita depende de prosseguirmos no sacerdócio do amor. Lembremo-nos de Jesus, buscando-o em nossos atos de cada hora: “Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros”.
Por Denise Pereira Rebello, Comunidade Espírita “A Casa do Caminho” – ‘Tribuna Livre’ Publicado no espaço quinzenal cedido pelo Jornal Tribuna de Minas, 28 de agosto de 2020, Juiz de Fora, MG.
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