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Fora da caridade

Fora da caridade não há salvação, nela estão contidos os destinos do homem sobre a Terra e no Céu. Sobre a Terra, porque à sombra desse estandarte eles viverão em paz; e no Céu, porque aqueles que a tiverem praticado encontrarão a graça diante do Senhor. Nada exprime melhor o pensamento de Jesus, nada melhor resume os deveres do homem, do que essa máxima de ordem divina.

Todos que praticam a caridade são discípulos de Jesus, qualquer que seja o culto a que pertençam, nos ensina Allan Kardec.

Por ainda ser incipiente na prática cotidiana do bem, pensa-se na caridade como o simples ato de doação de algo material. O exercício caritativo é muito mais que distribuição de bens. É a força motriz do ser humano, energia esta que ao ser praticada nas mais amplas instâncias da vida, mantém quem a pratica aprumado com o Cristo, evitando que se perca do caminho do bem.

Caridade é o reflexo mais puro do Cristianismo e o sentimento que melhor nos qualifica na compreensão dos ensinos do Mestre de Nazaré.

Para ser de fato um cristão, todas as ações praticadas devem ser intimamente submetidas ao crivo da caridade. Assim não só nos afastamos do mal, bem como vamos nos construindo como insistentes trabalhadores do bem comum.

No livro Estude e Viva, na psicografia, Chico Xavier nos orienta sobre a caridade, ao explicar que todos precisamos da verdade, porque a verdade é a luz do espírito em torno das situações e pessoas. Fora da verdade encontramos fantasias e loucuras, grandes patrocinadoras das ilusões. Entretanto, é necessária que a caridade comande as manifestações da verdade, para que em seu nome não sejam praticadas a vingança ou a revanche, e essas não se tornem devoradoras do esclarecimento.

Relembra-nos que todos necessitamos de justiça, pois justiça é lei em torno das situações. Mas é necessária a caridade para equilibrar as manifestações, para que o direito não se faça intolerante, engrossando as fileiras do mal.

Desse modo, podemos e devemos aplicar esse conceito de caridade a todas as demais emoções e regras de convívio, fazendo ao próximo aquilo que desejamos que a nós seja feito, como ensina nosso Mestre Jesus.

Por Iriê Salomão de Campos, Comunidade Espírita “A Casa do Caminho” – ‘Tribuna Livre’ Publicado no espaço quinzenal cedido pelo Jornal Tribuna de Minas, 18 de março de 2017, Juiz de Fora, MG.

15 de agosto de 2019 por: A Casa do Caminho