Inegável é a necessidade dos artífices da inteligência, que desenvolvem habilidades para orientar o progresso científico. Precisamos daqueles que assegurem com equilíbrio e sustentem o funcionamento das ordenações governamentais das nações do Planeta. Mas necessitamos assegurar a paz no mundo; para isso, é fundamental que nos tornemos cada um, individualmente, um obreiro do bem. O passo inicial não é largo ou complexo, não exige juramento nem filiação. Requer de nós a educação e o exercício da beneficência para esquecimento do mal e a prática do bem.
Se nos primeiros fatos do dia, as contrariedades sacudiram a alma, deixando a mágoa e o rancor estamparem na face, a saliva ser engrossada pela cólera e mal humor, não se alimente com o tóxico mental do orgulho ferido, pois os caminhos das sombras só nos levam às trevas.
Cultivar a paz no íntimo do coração é caminhar nas trilhas da própria paz.
No cultivo da paz, é necessário saber respeitar as opiniões alheias, com o mesmo desejo de que a nossa opinião pessoal seja respeitada. Aprender a calar-se diante de comentários impróprios e destrutivos, sem que nada seja feito de nossa parte para alongá-los. Ser daqueles que ouvem assuntos graves, sabendo substituir azedumes pelo entendimento fraterno. Contribuir na corrigenda de um erro, sem lhe ampliar a gravidade. O cultivador da paz é quem ouve confidências alheias, sem as passar adiante. É aquele capaz de identificar os conflitos, ajudando os outros sem interferências amargas. Reconhecer que a dor e a provação pessoal não são diferentes daquelas que invadem o coração do próximo. Ser forte o bastante para socorrer o vencido à beira do caminho, sem caluniar o chamado vencedor. Trabalhar, sem criar dificuldades aos irmãos de caminhada e ser parte daqueles que tomam sobre os próprios ombros todo o trabalho que podem suportar na promoção do bem comum, sem exigir cooperação do outro, para que o bem prevaleça. Semear o amor por toda parte, entre amigos e inimigos, afetos e desafetos, sem jamais duvidar da vitória do bem.
Buscando a consideração de pacificadores, temos a certeza de que a paz verdadeira, a paz do Cristo, não surge de sobressalto, visto que é sempre fruto do esforço de cada um.
Aquele que assim procede ao longo dos dias, classifica-se entre os pacificadores abençoados, pois sabe ouvir o clamor que há milênios ecoa do alto do Monte na doce palavra do Cristo de Deus a clamar, “Paz na Terra aos homens de boa vontade”.
Iriê Salomão de Campos, Comunidade Espírita “A Casa do Caminho” – ‘Tribuna Livre’ Publicado no espaço quinzenal cedido pelo Jornal Tribuna de Minas, 30 de setembro de 2017, Juiz de Fora, MG.
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