Na teoria, eles são contra a violência e a desonestidade. Na prática, admitem que não respeitariam o direito do outro para atingir um objetivo profissional. A pesquisa Este Jovem brasileiro, realizada pelo Portal Educacional, com 6.500 estudantes de escolas particulares de Minas Gerais e de outros 16 estados do país, é um alerta para que as famílias e a sociedade repensem seu papel na formação da juventude. Ela mostra que, apesar de mais de 90% dos adolescentes se considerarem honestos, 42% admitiram que passariam por cima de princípios para chegar lá, 35% não devolveriam o troco que recebessem a mais, e 29% não entregariam uma carteira encontrada na rua. Segundo os próprios alunos, características como solidariedade e tolerância estão distantes desta geração. Mais da metade dos jovens afirmaram que nunca participaram de um trabalho social ou comunitário. O fato de 88% dos estudantes admitirem que se preocupam pouco ou quase nada com os outros também chama atenção.
O resultado da pesquisa confirma ser cada vez mais necessário o trabalho preventivo junto à população infantojuvenil. Até quando a sociedade vai continuar indiferente a ela? E os pais, continuarão delegando aos programas de televisão a difícil, mas prioritária, tarefa de educar seus filhos? O espiritismo nos ajuda a compreender nossa responsabilidade de filhos de Deus, ensinando que as mazelas morais que atormentam a juventude podem ser evitadas por meio da educação cristianizada e da vivência dos princípios morais ensinados por Jesus. Com o Cristo é possível compreender que Deus nos criou para sermos felizes e que todo tipo de violação das leis naturais resulta em prejuízo social, ensina Isabel Salomão de Campos. Por isto, a presidente do Lar do Caminho investe no apoio à criança sadia, porém em situação de risco, para que, uma vez amparada, ela venha a contribuir com o desenvolvimento da sociedade, tornando-se um adulto produtivo. Enquanto as iniciativas sociais só existirem diante das viciações e das doenças, estaremos sempre chegando atrasados no socorro aos necessitados. O importante é evitar a doença moral e física, explica a médium.
A cultura espírita retira o homem da ignorância espiritual. Já a vivência da religião espírita estimula a prática do bem, levando à conquista de uma felicidade que o ladrão não rouba, e a traça não corrói. Ela propõe uma transformação íntima e a adoção de atitudes que levem em consideração não só o nosso bem-estar, mas o bem-estar do outro.
Cabe a nós, adultos, repensarmos a nossa própria conduta se quisermos caminhar em direção a uma sociedade mais justa e sadia. Quando vivenciarmos os ensinamentos do Cristo, com o respeito ao próximo e o exercício da caridade, daremos, enfim, os primeiros passos na construção de um planeta melhor, para nós e para a humanidade.
Por Iriê Salomão de Campos, Comunidade Espírita “A Casa do Caminho” – ‘Artigo do Dia’ Publicado no espaço quinzenal cedido pelo Jornal Tribuna de Minas, 14 de janeiro de 2012, Juiz de Fora – MG.
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