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Enfermidade e cura

Os evangelhos nos trazem passagens de Jesus de inúmeras curas. Contam-nos Mateus, Marcos e Lucas que uma mulher apresentava quadros hemorrágicos há 12 anos, cura-se ao tocar a borda do manto de Jesus. Ele, ao simples toque dela, questiona: “Quem me tocou? Porque um fluido saiu de mim”. Após ela se apresentar, nosso Mestre finaliza: “A sua fé te curou! Vai-te em paz”.

Cada passagem de Jesus encerra inúmeros ensinamentos e, nesta, destacaremos três questões envolvidas no processo de cura: fé, merecimento e vontade.

A fé, mãe da caridade e esperança, é aquela certeza que guardamos em nossa alma. É mais que crer, é saber. É humilde, raciocinada, empolgante, resiliente e ativa no bem. Guarda certeza de que, em tudo, Deus tem um propósito, pois reconhece Nele bondade, sabedoria e justiça. Fé que vai se engrandecendo num longo processo de iluminação íntima, através do trabalho reto, cumprimento do dever e mediante esforços frente às lutas da vida.

O merecimento passa pelo entendimento das leis de causa e efeito, da reencarnação, da misericórdia de Deus e da compreensão do “a cada um segundo suas obras”. Nunca é demais lembrarmos que muitos males nos alcançam em situações cultivadas por nós mesmos. Quanto ao passado, enfermidades podem ter sido solicitadas por nós, como recursos divinos, guardando-nos de quedas, cujas tendências abrigamos na intimidade de nossa alma. Também em provas ou processos reparativos de um passado esquecido. Já no presente, quantos males originados da mágoa, ira, cólera, ódio, melindres, ciúme, inveja, orgulho e vaidade. Quanta doença não se evitaria através do perdão! Quanta saúde conquistaríamos através do exercício de mais amor!

Quanto à vontade, esta é uma força poderosa, capaz de direcionar o fluido curador, modificando uma molécula doente por uma molécula sadia. Jesus já dissera: “Também sois deuses. Podeis fazer o que eu faço e muito mais”.

Daí a importância do estudo da doutrina dos Espíritos. Como nos diz Dona Isabel: “Estudar doutrina espírita é evitar enfermidades da alma”.

Compreendendo tudo isso, incorporemos o amor e o saber; burilemo-nos, seguindo as pegadas de nosso Cristo Jesus. Lembremo-nos de que somos galhos de Sua videira e deixemos que Sua seiva nos nutra, num processo vigoroso, gerando frutos sazonados e doces no infinito pomar de Deus.

Por Denise Gasparetti Drumond, Comunidade Espírita “A Casa do Caminho” – ‘Tribuna Livre’ Publicado no espaço quinzenal cedido pelo Jornal Tribuna de Minas, 09 de Fevereiro de 2024, Juiz de Fora, MG.

26 de março de 2024 por: A Casa do Caminho