Nos primeiros momentos de todas as manhãs, somos invadidos por uma torrente de notícias. A imprensa, sempre ágil, corre ao nosso encontro trazendo tudo o que é possível e, às vezes, parecendo que a notícia, de tão absurda, é impossível. Infelizmente é verdade, não foi imaginação, é fato. Enxurrada de lutas, ignorâncias e disputas de poder. Em meio ao fogo cruzado, alguns remanescentes sonhadores pensam se há saída para o que fazem com a nossa República Brasil, que de tão abandonada perdeu seu brasão e seu slogan históricos para logomarcas e frases temporárias, dando a impressão de que a nação esfarela-se.
Examinando nossa república distanciada dos campos das paixões, elevando-nos à esfera dos princípios, vemos um país por décadas jogado numa multidão de aventuras comprometedoras. Lutamos pela independência, derrubamos a monarquia, livramo-nos do coronelismo, das ditaduras e dos populistas esperando atingir o futuro ainda não realizado. Estendendo nosso olhar sobre as imagens criadas mundo afora, veremos realmente os ventos das guerras e sabotagens, ditadores belicosos e diplomatas astutos desperdiçando precioso tempo aprofundando a miséria, a discórdia, e por toda parte sempre tem alguém usando uma arma.
Se de fato desejamos uma ordem social fundamentada na justiça e na liberdade, façamos inicialmente justos e virtuosos a nós mesmos, apregoa o filósofo espírita Léon Denis. Tornemos nossos corações as razões esclarecidas, os costumes dignos, as consciências honestas e caminhemos em frente, sem fraquejar. Por sermos filhos de Deus, somos perfectíveis; sem dúvida atingiremos a perfeição, mas não agora. Porém cada passo para frente nos mostrará um ideal, uma ordem social maior e mais harmoniosa; cada esforço imprimido para o aprimoramento nos levará incondicionalmente à melhoria de um mal, à libertação de um ou outro vício, ao desenredar de uma paixão constrangedora, ao alívio de não cometer novamente o mesmo erro.
Deixemos que os déspotas se atirem uns contra os outros. Que os mortos enterrem os seus mortos, ensina Jesus. Os antigos gregos e romanos foram vencidos pelo luxo, pela indolência. Foi pelas orgias das regências que a aristocracia francesa perdeu seu prestígio, e foi pela corrupção que a burguesia tornou-se mesquinha.
Nós não poderemos prosperar e engrandecer como pessoa, cidadão, família, país ou nação sem que cada um individualmente trabalhe sem cessar, no mais profundo de seu íntimo, construindo o homem novo, combatendo o combate como ensina Paulo (o Apóstolo). E necessário estampar a virtude em todas as nossas apões como ordem do dia para vida. Cutivar a virtude para suprimir o egoísmo, esforçar-se pelo mérito em detrimento da corrupção, adotar valores morais e intelectuais cuidando do presente de nosso futuro, aí veremos os governos, quaisquer que sejam, perecerem pela corrupção ou pela ignorância, por conseguinte fazendo brotar o progresso político e a paz social. Então, na manhã seguinte, teremos a imprensa noticiando a felicidade e a paz, pois foi para tal que Deus nos criou e Jesus ensina indicando o Caminho.
Por Iriê Salomão de Campos, Comunidade Espírita “A Casa do Caminho” – ‘Artigo do Dia’ Publicado no espaço quinzenal cedido pelo Jornal Tribuna de Minas, 02 de julho de 2011, Juiz de Fora – MG.
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