Considerando ser o planeta Terra a imensa e abençoada escola, na qual exercitamos o convívio entre semelhantes na esforçada tarefa de aprendizagem, fica claro que um de seus pilares é a convivência. Esta, por sua vez, constrói uma rede de opiniões entrelaçadas, unidas por milhares de elos. Tanta gente em comum se acotovelando em busca de algo que poucos sabem do que se trata não pode gerar uma sociedade feliz, principalmente quando obcecada por conquistas que afastam dos princípios da convivência cristã. Tudo é válido e justificável na mente ativa do ambicioso, que fere, ofende, agride a todos e a si mesmo, na tola pretensão de ser alguém mais importante.
Quando ofendidos, vitimados por intrigas e calúnias, pode nos ocorrer a imediata vontade de abandonar tudo, seguindo para um lugar absolutamente estranho, aquele onde ninguém nos conhece. Queremos fugir temporariamente, pois estejamos onde estivermos, estaremos sempre aprendendo, e a cartilha dessa escola é a convivência. Se pararmos de trabalhar por causa de uma calúnia, podemos dar razão ao caluniador. Muitas vezes, o progresso e a vitória aparente dos incrédulos nos desencoraja. A virtude, quando ainda é vacilante, recua diante do vício que dá aparência de vitorioso.
Muitos sonhos, desejos e ideais enobrecedores são retidos em nossos corações por décadas, sem realizações expressivas. É natural ficarmos com a esperança torturada, desejosa por respostas do mundo aos nossos anseios, de forma um tanto mais imediata, e nada parece ocorrer além da vitória da maldade.
Porém, se já entendemos que Jesus é nosso Divino Mestre, relembramos que o mundo é o nosso educandário e que a passagem pela Terra é um curto estágio do espírito no imenso campo da existência. Em todos os séculos, vemos soberanos dominadores, generais vitoriosos em batalhas sangrentas, alguns comandando a vida pública, outros aterrorizando a população. Entretanto, todos passaram. Deixaram suas marcas destrutivas, cultivaram o ódio secular contra si mesmos e receberam, do mundo, homenagens póstumas e túmulos faustosos. E nós, desprovidos de poderes aparentes, lembramo-nos da imortalidade da alma como a única e divina herança.
O homem é o que pensa e o que tem por ideal. Onde estiver, devemos conduzir a vida como fonte preciosa de compreensão e serviço, generosidade e otimismo com forte dedicação ao bem: lutando, convivendo e aprimorando o trabalho para a realização de tudo aquilo que nos aproxime do Cristo, sem desânimo. Aguardamos confiantes o futuro, na certeza de que a vida de hoje nos espera, sempre justiceira, amanhã.
Por Iriê Salomão de Campos, Comunidade Espírita “A Casa do Caminho” – ‘Artigo do Dia’ Publicado no espaço quinzenal cedido pelo Jornal Tribuna de Minas, 30 de junho de 2012, Juiz de Fora – MG.
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