“Então, nem uma hora pudeste vós vigiar comigo? Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca.” Jesus (Marcos 14:38).
Há muito, o Mestre revelou aos homens a importância da vigilância e da oração. Na passagem, que antecede a Páscoa, Jesus havia se retirado para orar e reencontra os discípulos dormindo. Embora o pedido fosse para que se mantivessem despertos, os discípulos cederam ao sono.
Para nós, a interpretação evangélica é de atenção e cuidados com o caminho apontado por Jesus, para sustentar o equilíbrio e as boas escolhas, tendo a prece como força espiritual a nos apoiar.
Encarnados na Terra, ainda não somos almas de luz, evoluídas; antes somos, a maioria, espíritos em caminhada, buscando o aperfeiçoamento e o progresso espiritual. Por isso, qualquer queda é sempre fácil. Provisoriamente, no plano físico, deixamo-nos levar pelo imediatismo, pelo caminho largo, pelo sono do egoísmo. Eis que somos chamados, pelo amor ou pela dor, à renovação íntima.
Emmanuel, no livro Fonte Viva, afirma que “as mais terríveis tentações decorrem do fundo sombrio de nossa individualidade, assim como o lodo mais intenso, capaz de tisnar o lago, procede do seu próprio seio. (…) Nas raízes de nossas tendências, encontramos as mais vivas sugestões de inferioridade.” Daí o imperativo da vigilância e da oração, para não cairmos em tentações, que procedem do mundo exterior e também do nosso interior.
Construímos aqui, desde já, nosso céu ou nosso inferno. Nossas atitudes influenciam e sugerem atitudes em nossos semelhantes; assim como nossos pensamentos positivos ou negativos encontram o destino a que buscam, atraindo para nós a mesma essência, constituindo-se em alavancas ao nosso progresso ou âncoras à estagnação evolutiva.
A Terra é escola abençoada, onde o Mestre é Jesus. Bendita oportunidade para superarmos o homem velho, buscando o homem novo. O vigiai e orai é orientação sempre atual e oportuna, convidando-nos à observação de nós mesmos e de nossas predisposições íntimas, a fim de nos melhorarmos, valendo-nos do recurso da prece para buscarmos uma sintonia mais próxima com Deus e a força necessária para vencer as tentações.
Tempos de reflexão, tempos de renovação. Se desejamos vencer as sombras e buscar a luz, resguardemo-nos na vigilância e na oração, consolidando, ainda hoje, posicionamentos mais amadurecidos na responsabilidade cristã. Jesus vai à frente, orientando-nos: “Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo.” Jesus (João, 16:33).
Por Denise Pereira Rebello, Comunidade Espírita “A Casa do Caminho” – ‘Tribuna Livre’ Publicado no espaço quinzenal cedido pelo Jornal Tribuna de Minas, 10 de abril de 2020, Juiz de Fora, MG.
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