O encontro da samaritana com Jesus, registrado pelo evangelista João (4:1-26), revela a atualidade dos ensinos do Evangelho.
Narra-nos que Jesus, atravessando a Samaria, chega à cidade de Sicar, onde havia a Fonte de Jacó. Cansado da viagem, senta-se ao pé da fonte, onde encontra uma mulher samaritana que vai pegar água. O Mestre pede a ela: “Dá-me de beber”. E a mulher responde-lhe: “Como, sendo tu judeu, pedes de beber a mim que sou mulher samaritana?”. Responde-lhe Jesus: “Se tivesses conhecido o dom de Deus, e quem é o que te diz: Dá-me de beber, tu lhe terias pedido, e ele te haveria dado água viva”. E a samaritana continua: “Senhor, não tens com que a tirar, e o poço é fundo; donde, pois, tens essa água viva? És tu, porventura, maior que nosso pai Jacó que nos deu este poço, do qual ele bebeu e seus filhos e os seus gados?”. Replicou-lhe Jesus: “Todo o que bebe desta água tornará a ter sede; mas quem beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der virá a ser nele uma fonte de água que mana para a vida eterna”.
Assim também é hoje. Quantos de nós buscamos as águas que o mundo oferece para saciar a sede, esquecendo-nos da água que verte da vida eterna? Por quais fontes temos andado?
Toda a humanidade tem sede: sede de conquistas pessoais, profissionais, emocionais, sede de bens materiais, de poder, de paz, de valores íntimos… Cada qual busca a fonte da vida de acordo com seus desejos. A depender da água que se busca, tem-se sede sempre. A isso Jesus se referiu, alertando a mulher samaritana que da água que tomara tornaria a ter sede. Jesus, nessa passagem, fez a mulher ver que o dom de Deus era mais do que judeu, mais do que samaritano, e que a água que sacia toda sede é a que jorra do seu evangelho de amor, de seus ensinamentos, fonte inesgotável que liberta o homem dos desertos dos sofrimentos e das dificuldades.
Assim como Jesus revelou à samaritana “(…) tu lhe terias pedido, e ele te haveria dado água viva”, é fundamental que desejemos, mas é igualmente necessário fazer o movimento de ir à fonte de água pura, Jesus.
Sobre desejar e buscar, o Mestre revela: “Pedi e obtereis, buscai e achareis, batei e abrir-se-vos-á” (Lucas, 11:9). Mais uma vez, torna-se evidente o desejo. Pedi, buscai e batei, esses três imperativos da recomendação de Jesus revelam a força da ação e do esforço individual para se completarem no efeito prometido pelo Mestre, obtereis, achareis e abrir-se-vos-á.
Tendo sede no emaranhado de lutas e débitos da experiência terrestre, saibamos caminhar em direção à fonte da água viva, vencendo nossas dificuldades íntimas, desvencilhando-nos de antigas crenças, através da vivência do amor exemplificado por Jesus, renovando em nós a esperança, a alegria do acerto, a felicidade de amar, haurindo forças para a caminhada de progresso espiritual, ao seguir nosso Mestre Jesus, o Caminho, a Verdade e a Vida.
Por Denise Pereira Rebello, Comunidade Espírita “A Casa do Caminho” – ‘Tribuna Livre’ Publicado no espaço quinzenal cedido pelo Jornal Tribuna de Minas, 31 de agosto de 2019, Juiz de Fora, MG.
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