Enquanto as autoridades constituídas, governantes desta jovem nação, trabalham com afinco determinante dissolvendo e fragilizando as instituições sociais que alicerçam a modesta vida dos cidadãos, gerando esta crise institucional, nós sofremos as consequências, meio que atônitos e, naturalmente, sem uma liderança para nos mostrar uma direção a seguir, um futuro a ser buscado. Todo este quadro de tumulto e desconforto, dos desatinos generalizados, marca a história nacional recente.
É claro e sabido que sem ordem não há progresso, e nós nascemos para crescer. Progredir é da Lei Divina, mesmo que alguns afirmem que vivemos para sofrer, o que não é verdade. A vida é processo constante de crescimento da alma ao encontro da Grandeza Divina, e o caminho não está em outro homem e nem em um guia material. Devemos aproveitar as dificuldades de todas as ordens, as lutas públicas e íntimas para trilhar na senda da expansão de nós mesmos, para estabelecer a nova ordem.
Não vamos pegar em armas, promover a balbúrdia, nem de longe pensar em substituir este por aquele grupo no comando de coisa alguma. O tempo da violência já passou em nossos corações; por mais que se faça presente, ela não pertence ao nosso mundo. A barbárie partidarista e a luta por mesquinharias materiais estão restritas à fatia da humanidade que, ainda hoje, quando perguntada a quem libertaria, escolheria o ladrão e assassino, Barrabás, condenando Jesus, o Cristo de Deus.
Nossa revolução é silenciosa, visa a reencontrar a ordem de nossas emoções pessoais, de modo que conquistemos o equilíbrio do espírito para bem governar nossas ações, palavras e condutas. Estudando os ensinos do Cristo, aprendemos e nos esclarecemos, o que nos permite tomar atitudes sadias, ordeiras e saudáveis, melhorando nossas regras de convívio e educação. Abrandando nosso gênio e temperamento, nos tornamos mais aptos a servir.
O amor ao próximo é a nossa ponte de ligação para com Deus. Em todo ato de fazer e dar alguma coisa, a alma se estende sempre mais além, ampliando nosso horizonte, indicando caminhos infindos. Percorrendo esses caminhos, vamos progredindo, ampliando a nossa vontade de servir e praticando o primeiro dos mandamentos, ensinado e vivenciado pelo Mestre Maior – Jesus: “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”.
Por Iriê Salomão de Campos, Comunidade Espírita “A Casa do Caminho” – ‘Artigo do Dia’ Publicado no espaço quinzenal cedido pelo Jornal Tribuna de Minas – 31 de outubro de 2015 – Juiz de Fora – MG.
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