Em todos os tempos, surgem mensageiros que, burilando palavras e conhecimentos, impressionam multidões, reúnem pequenos grupos ou sacodem continentes inteiros com suposta sabedoria e ineditismo. Na agilidade dos dias, revelações bombásticas mostram-se irrelevantes, mensageiros passam superados por outros, princípios dogmáticos desaparecem, e templos de pedra tornam-se memória de um passado.
Todo conhecimento finda, renova-se ou é extinto, exceto as incontestáveis verdades trazidas por Jesus, o Cristo de Deus. Em geral, faz-se grande confusão do Cristo e, consequentemente, do cristianismo com os formalismos religiosos. Estes que, em suas liturgias, sustentam a fé de seus crentes na busca do céu imaginado como ideal.
Com ou sem a nossa concordância, compreendamos ou não e sem se importar se é do nosso gosto, o mundo sempre progride, pois o progresso é da Lei divina. E nesta Lei está contida toda a sabedoria do Cristo. Disse Ele, o Mestre: “Eu sou o pão da vida”.
O Cristo de Deus comparou-se ao pão, este que dos alimentos é o mais simples e está presente em todas as mesas, lares e culturas planetárias em todos os tempos. Pão é farinha, água e fermento rude, depois de sovado à exaustão, em forno de barro ou de alta tecnologia é assado, tornando-se alimento dos castelos às favelas. Se incrementado com recheio, deixa de ser pão para se tornar um sanduíche; adicionando outros ingredientes, vira quitute e deixa de ser pão. Pão é imutável e invariavelmente pão.
Assim também como o Evangelho do Cristo é a fonte rigorosamente segura no caminho da ascensão, para todo aquele que busca a felicidade na Terra como é no céu, necessário é sovar a massa de nossas emoções desregradas para que a água pura da fonte enxague e flua por todo o ser não para conquistar a graça no paraíso no além-túmulo, mas para nos equilibrar nas lidas diárias, nos instruindo e equilibrando contra os falsos profetas, fortalecendo-nos em convicção contra as maldades do mundo e nos aproximando do caminho do progresso, onde recordaremos sempre as palavras do Cristo de Deus.
Em suas pregações, Cristo jamais assinalou facilidades a quem deseja segui-lo, muito ao contrário, recomendou que cada um tome de sua cruz e siga-o. Para isso, as palavras brilhantes, os artifícios intelectuais e as novidades tecnológicas não são o bastante, é fundamental e necessário o esforço pessoal de cada dia para renovação, aprimoramento e engrandecimento da alma, em plena jornada terrena e alimentando-se no pão divino, que é Jesus o Caminho, a Verdade e a Vida.
Por Iriê Salomão de Campos, Comunidade Espírita “A Casa do Caminho” – ‘Tribuna Livre’ Publicado no espaço quinzenal cedido pelo Jornal Tribuna de Minas, 20 de julho de 2019, Juiz de Fora, MG.
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