“Então Jesus lhes diz: o meu tempo ainda não chegou, mas o vosso tempo está sempre pronto” (João, 7:6).
Jesus passou entre nós trabalhando, servindo incansavelmente. Ainda sem poder se manifestar, diz aos discípulos que seu tempo não havia chegado; tinha muito a realizar e sabia a perseguição que sofreria; aguardava, pois, o momento de realizar o trabalho para o qual Deus o enviara.
Nesse sentido, depreendem-se as palavras de Jesus: não aguardemos o Seu reino como realização imediata para nós, mas como oportunidade a cada um de colaborar no seu Evangelho de amor, a fim de edificá-lo onde estivermos, realizando o trabalho que não recebe prêmios ou remuneração na Terra.
Não raro, o homem entende o trabalho apenas como o serviço prestado e o tempo despendido a serem remunerados do ponto de vista material. A Doutrina Espírita vem para ampliar esse conceito ao nos apresentar trabalho como toda ocupação útil. Sem ele, o homem permaneceria na infância da inteligência, sendo o meio que o conduz ao progresso, segundo o Livro dos Espíritos.
E quantas situações de realização encontra o ser humano nas lides diárias? As oportunidades se fazem para além do campo profissional e se estendem desde a palavra encorajadora, o sorriso fraterno, o tempo que se disponha a escutar o seu próximo, a visita a um doente, o cuidado com o lar, até as situações que exigem um tanto mais de nosso tempo e nossa emoção.
Reflitamos também na posição do homem: assim como o trabalho é importante e dignifica-o, este, por sua vez, deve buscar valorizar suas tarefas, realizando-as com entusiasmo e dedicação.
O trabalhador improdutivo está sempre queixoso, atribui suas faltas ao mau tempo, ao sol forte, às ferramentas ruins que tem em mãos, encontrando sempre dificuldades. No dizer de Emmanuel, é um cego de aproveitamento difícil, pois enxerga arestas em toda situação.
O bom trabalhador dá valor aos elementos colocados em seu caminho e respeita as possibilidades alheias. Não depende dos fatores externos, aproveita as oportunidades e lições, tem bom ânimo na semeadura, aguardando a colheita.
Ainda inspirando-nos na psicografia de Chico Xavier, Emmanuel orienta que não devemos buscar o trabalho que nos cabe com a tristeza do escravo, sendo a oportunidade e a oficina em que podemos forjar nossa luz, buscando a vitória sobre nós mesmos.
Todos aqueles que acordaram para Jesus sabem que a época de trabalho redentor não passou, nem está por chegar, é o dia de hoje. Busquemos aproveitar a bendita oportunidade que se chama hoje, santificando nossas tarefas como tesouros do céu, envolvidos pelos ensinamentos do Mestre: “Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu Reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas”
(Mateus 6:33).
Por Denise Pereira Rebello, Comunidade Espírita “A Casa do Caminho” – ‘Tribuna Livre’ Publicado no espaço quinzenal cedido pelo Jornal Tribuna de Minas, 13 de março de 2020, Juiz de Fora, MG.
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