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O bem necessário

Uma pesquisa realizada entre profissionais com alto nível de escolaridade e especialização mostrou ser a dificuldade na convivência a causa mais comum para demissões. Informalmente, vemos trabalhadores qualificados dizerem que é mais fácil gerir uma indústria que meia dúzia de pessoas. Tal dificuldade é mais comum e antiga que possamos pensar. Paulo, o apóstolo, nos chama a atenção sobre o tema, quando afirma: “E consideremo-nos uns aos outros para nos estimularmos à caridade e às boas obras”. Quando falamos em caridade, nossa cultura distorcida leva o pensamento à esmola ou a outra ajuda ao necessitado, mas é fundamental lembrarmos o ensino de Jesus: “Amai-vos uns aos outros”. Convocando ao amor, Jesus resume todos os ensinos da convivência, desde as leis mosaicas aos dias presentes, em uma só palavra, emoção e procedimento: o amor.

Em nossa rotina doméstica ou urbana, o que vemos e fazemos? Ali comenta-se o passado faltoso de quem hoje procura melhorar-se, mais adiante pequenos gestos infelizes do companheiro são desfiados pelas lentes da maldade, sarcasmo, críticas e opiniões intrometidas que ocupam nosso dia, consomem amores, desgastam amizades e comprometem encarnações. Emmanuel nos diz que “a censura e a reprovação indiscriminada, todavia, derramam-se na família de ideal como chuva de corrosivos na plantação, aniquilando germes nascentes, destruindo flores viçosas e envenenando frutos destinados aos celeiros do progresso comum”.

Por isso Jesus, o mestre maior, insiste tanto no amor ao próximo, porque amor requer perdão. Nunca é demais repetir a necessidade do ato de perdoar, pois perdão é luz na alma de quem perdoa, como nos ensina Isabel Salomão de Campos. Dele, brotam a bondade e o otimismo, que certamente serão refletidos em nossas fileiras de atividades, o que evidentemente beneficia a todos e, principalmente, a nós mesmos.

É importante lembrar que, com o nosso auxílio, tudo hoje pode ser melhor que ontem, e tudo amanhã será melhor que hoje.
O mal é sempre resultado da desarmonia com a lei de Deus, e todo desequilíbrio resulta em dificuldade, dor e sofrimento.

Examinemos nossa conduta, tenhamos mais atenção em nosso proceder, sejamos mais fraternos. Sem perseverança no bem, não há caminho para a felicidade. Por isso, recomenda-nos o apóstolo Paulo a consideramo-nos uns aos outros para o crescimento da caridade e das boas obras. Pois não há na Terra obra maior que a vida humana, que é a criação máxima de Deus. E pela humanidade, o pai enviou Jesus, seu filho mais leal, para nos ensinar o caminho do amor e do perdão.

Por Iriê Salomão de Campos, Comunidade Espírita “A Casa do Caminho” – ‘Artigo do Dia’ Publicado no espaço quinzenal cedido pelo Jornal Tribuna de Minas – 22 de fevereiro de 2014 – Juiz de Fora – MG.

7 de abril de 2019 por: A Casa do Caminho