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Nossa escolha

Fazendo uma análise sobre as ideias que regem nossas vidas, sejam políticas ou religiosas, podemos notar que elas circulam entre duas paralelas, uma contra ou discordante e a outra a favor. Como se nos fosse deixada uma única escolha; um tanto radical: está comigo ou é contra mim. E assim é desde os tempos mais remotos. Essa postura autoritária e impositiva talvez explique o porquê da história humana ser recheada de violência.

A primeira vez que nos foi dito sobre liberdade sem imposição, que nos foi ensinado o direito de escolha calcado no livre arbítrio se deu com Jesus, o Cristo de Deus, nos mostrando ser esse o caminho seguro para o progresso.

Sempre junto ao povo e diante de todos disse: “Todo aquele, que ouve minhas palavras e as observa, será comparado a um homem prudente, que edificou sua casa sobre a rocha. E desceu a chuva, vieram as torrentes, sopraram os ventos e deram com ímpeto contra aquela casa que não caiu; pois estava edificada sobre a rocha. Mas todo aquele, que ouve minhas palavras e não as observa, será comparado a um homem néscio, que edificou sua casa sobre a areia. E desceu a chuva, vieram as torrentes, sopraram os ventos e bateram com ímpeto contra aquela casa, e ela caiu; e foi grande a ruína.” (Mateus 7, 24, 25).

Nessa parábola, Jesus descreve dois tipos de pessoas, seus conceitos e crenças que respectivamente se refletem nas ações sociais simbolizadas por suas residências. Uma construída sobre a rocha e a outra, até pode exibir mais estilo, porém sua estrutura é frágil, está sobre a areia. Nossas escolhas são individuais, e os seus resultados forjam nossas vidas. O Livre Arbítrio nos dá o direito de escolher: ou o bem passageiro, o imediatismo materialista do prazer fugaz, resultando em graves comprometimentos morais, a casa sobre a areia; ou buscar o bem eterno, através da fé raciocinada para construir o edifício sobre a rocha, como ensina Jesus: “Conhecereis a verdade e ela vos libertará.” (João 8). Essa residência que pode ter aparência modesta e simples é rica em justiça, paz e equilíbrio. O vento – problemas – não a derruba, e suas paredes abrigam todos de boa vontade para com o próximo.

Jesus nos ensina que temos o direito de escolher o que melhor nos prover, mas salienta que há igual responsabilidade nas sequências e consequências de cada respectiva escolha feita individual e coletivamente.

Escolhemos fundamentados em nossas crenças, interesses e emoções. Por isso, Cristo nos alerta: “Onde estiver seu tesouro estará o seu coração.” (Mateus 6).

Iriê Salomão de Campos, Comunidade Espírita “A Casa do Caminho” – ‘Artigo do Dia’ Publicado no espaço quinzenal cedido pelo Jornal Tribuna de Minas, 04 de março de 2017, Juiz de Fora, MG.

16 de janeiro de 2020 por: A Casa do Caminho