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No convívio com o Cristo

Cada escola religiosa mantém no mundo cursos diversos da revelação gradativa, assimilável de acordo com cada estágio evolutivo, informa Emmanuel, pelo médium Chico Xavier. Achamo-nos, cada um, em níveis diferentes de entendimento da vida e de aceitação ou não das verdades eternas. Assim, também, ajustamos nossas escolhas, nossa conduta e nossos valores de acordo com o queacreditamos, cabendo a nós mesmos as consequências de nossas opções.

Há verdades estagnadas em dogmas, verdades provisórias nas ciências, verdades progressivas no campo da filosofia, verdades convenientes no setor político e verdades discutíveis em vários ângulos da vida, conforme esclarece Emmanuel.

Quando a verdade é o Cristo, passamos a observar a experiência sob outros prismas. Entretanto, para além de acreditar, é preciso viver essa verdade. “Disse-lhe Jesus: eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim” (João, 14:6). Ir ao Pai pelo Cristo significa vivenciar a mensagem de amor exemplificada pelo Mestre.

Aceitar a tutela de Jesus e marchar em companhia dele, na sublime expressão de Emmanuel, é aprender e servir diariamente, renovando-nos o modo de sentir pelos padrões do seu Evangelho, buscando o bom combate de Paulo de Tarso e, consequentemente, a gradativa e legítima prosperidade espiritual.

Tendo em vista que todos somos médiuns entre a vida carnal e a espiritual, a mediunidade manifesta-se em maior ou menor estado de desenvolvimento, não estabelecendo necessariamente relações habituais com espíritos superiores. Allan Kardec define: “O bom médium não é, portanto, aquele que tem facilidade de comunicação, mas o que é simpático aos bons espíritos e só por eles é assistido. É neste sentido, unicamente, que a excelência das qualidades morais é de importância absoluta para a mediunidade”.

O escritor espírita francês Léon Denis afirma que “mercadejar com a mediunidade é dispor de uma coisa de que se não é dono; é abusar da boa vontade dos mortos, pô-los a serviço de uma obra indigna deles e desviar o Espiritismo de seu fim providencial”.

O que fazemos de nossa mediunidade é que é a diferença, esclarece d. Isabel Salomão de Campos. Espiritismo é ciência e filosofia com consequência moral. “Tudo o que agride essa mensagem é abominável”, conclui ela. Daí, ser fundamental viver o caminho apontado por Jesus, para que nossa mediunidade seja um abençoado e valioso instrumento de disseminação do bem. D. Isabel orienta que é importante renovar em nossas consciências nossas obrigações com Deus, porque é a segurança de nosso espírito, o equilíbrio e a saúde espiritual. Entendendo o nosso princípio divino, nossa caminhada deve ser divinizada, através da opção pelo bem.

Busquemos, assim, o convívio com o Cristo, na vivência de sua mensagem, a fim de que seu Natal se faça verdadeiramente em nossos corações e em nossa caminhada, lembrando suas palavras: “Dai de graça o que de graça recebestes” (Mateus, X:8).

Por Denise Pereira Rebello, Comunidade Espírita “A Casa do Caminho” – ‘Tribuna Livre’ Publicado no espaço quinzenal cedido pelo Jornal Tribuna de Minas, 22 de dezembro de 2018, Juiz de Fora, MG.

19 de dezembro de 2019 por: A Casa do Caminho