O homem do mundo carrega consigo a forte preocupação com os negócios que garantam a sobrevivência, o conforto pessoal e de seus descendentes. Sobreviver e progredir são condições naturais da humanidade.
Alguns se inteiram do movimento do mercado, outros passam a vida esmerando-se em inteligência para aferir muitos lucros, os Estados têm seus negócios internos e externos, pessoas ávidas de poder e satisfação precipitam-se em aventuras perigosas. Nos círculos religiosos, veem-se desatinos semelhantes com outras feições. Quantos de joelhos e em prantos pedem por novas mensagens espirituais, sem que tenham aprendido e aplicado os antigos ensinos que nos rondam há mais de dois mil anos? Tantos se apresentam em aflitiva função de transmitir novidades celestes ao povo, sem até então haver cumprido a menor parcela do que lhes cabe. Alguns exigem ou esforçam-se para trazer novidades e emoções reveladoras, esquecidos de que primeiro devem renovar-se em equilíbrio de suas emoções, a fim de tornarem-se dignos instrumentos das divinas revelações. Como exemplificou Francisco de Assis, quando primeiro renunciou a tudo e todos que representavam o máximo poder terreno e, após ter dado provas de sua magnitude espiritual e humildade exemplar, clamou ao Pai: “Fazei-me instrumento de vossa paz”.
No entanto, raros são os que têm como objetivo e interesse primeiro os bens eternos ou espirituais, comumente esses são lembrados quando há padecimento do corpo físico e o tempo de permanência no planeta anuncia estar em curso findo. Então, prostrado pela ausência da vitalidade, com palavras vacilantes, questiona se não era para fazer assim, porque Deus criou e permitiu que se viva em semelhantes condições. As transações comerciais e financeiras, assim como o exercício do poder em suas mais distintas modalidades e todas as formas de relações inter-humanas estão por todo o planeta e essas foram criadas pelo Pai para o exercício de convívio e aprendizado de todas as partes envolvidas. Nas mais diversas expressões de negócios, podemos e devemos aprender sobre as virtudes alheias e também como suprir as necessidades pessoais e do próximo, fortalecendo a fraternidade através do convívio motivado pela cristianização dos sentimentos.
É do tempo passado utilizar belas palavras ou ideologias fantasiosas e momentâneas, para justificar submissão de tantos para beneficiar a ganância de poucos.
Se pretendemos conquistar a felicidade, legar uma admirável história de vida, se buscamos ser pessoas melhores, temos o dever de espíritos eternos, de imprimir o grande esforço pessoal de fazer na terra a vontade do Pai, vivendo no mundo sem ser do mundo. Como ensina Jesus: “Busque primeiro as coisas do céu, e tudo mais lhe será dado por acréscimo”.
Por Iriê Salomão de Campos, Comunidade Espírita “A Casa do Caminho” – ‘Tribuna Livre’ Publicado no espaço quinzenal cedido pelo Jornal Tribuna de Minas, 16 de setembro de 2017, Juiz de Fora, MG.
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