Em tempos de facilidades tecnológicas conquistadas pela internet, o espaço virtual nos é ideal à nossa vontade para expressar opiniões. O que é muito bom, saímos do anonimato, participando de algumas decisões e opinando sobre o que é de nosso interesse.
Os meios que nos auxiliam trazem consigo responsabilidades. Quantos têm abusado dos recursos da escrita para disseminar interesses pessoais, servindo-se de instrumentos de venenosos caprichos individuais, escondendo objetivos inferiores à prosperidade coletiva? Quantas vezes nós mesmos manejamos livros, revistas e sites, na busca desequilibrada da divulgação de notas perturbadoras?
Quem escreve deve guardar-se das numerosas armadilhas escondidas nas esquinas do personalismo, visto que todos nós somos escritores, mesmo que não tenhamos grafado uma linha, em publicação, porque ninguém passa pelas páginas da vida física sem rabiscar algum pensamento no imaginário papel das ideias.
Nem toda criatura brindará o mundo com um texto literário, isso é lógico. Raros escreverão páginas de histórias de sua passagem pela Terra, mas entendemos que a criança, em suas expressões infantis, esboça as características de sua personalidade em formação; o crente, leal, evidencia o poder de sua fé nos posicionamentos assumidos; o juiz é respeitado pela integridade dos sentimentos expressos em suas decisões; o médico adquire confiança diante de suas atitudes aos pés do enfermo; o professor é acatado conforme o grau de competência que lhe é próprio; o leviano traz consigo a ociosidade do vício; o agricultor rasga a terra com ternura do semeador, escrevendo safras de colheitas.
Assim, todos nós escrevemos cada qual com a pena que nos é pertinente.
Enfim, testemunhamos nas diárias linhas da vida as criações do Pai celestial, que nos concede os talentos para a grafia salutar, e é fundamental não nos perdermos no cipoal da literatura irrelevante pelo imediatismo ou nas folhas soltas das vaidades.
As grandes lições do Mestre Jesus, versando os mais belos e profundos ensinos, garantem firmes e seguras palavras ao nosso progresso infinito. Foram gravadas pelos Evangelistas nas eternas páginas de sabedorias dos Evangelhos.
A Terra é o grande livro que o Pai nos empresta para a nossa formação. Conscientemente ou não, todos os dias, fazemos incipientes anotações ou páginas ricas em aprendizado, conforme nosso entendimento; precisamos, então, consultar a fonte inesgotável do Cristo, buscando aperfeiçoar as emoções, que provocam os gestos, coordenando as ações e regendo as palavras registradas no texto da vida que resultam em nossa evolução.
É imperioso não manchar as páginas que nosso Pai nos confiou, com as borras dos vícios, do orgulho e das vaidades. Para tanto, é necessário que nossa escrita utilize a tinta do trabalho digno, do amor e do perdão, seguindo a linha Daquele que é o Caminho, a Verdade e a Vida: Jesus.
Por Iriê Salomão de Campos, Comunidade Espírita “A Casa do Caminho” – ‘Tribuna Livre’ Publicado no espaço quinzenal cedido pelo Jornal Tribuna de Minas, 17 de agosto de 2019, Juiz de Fora, MG.
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