Em nossas vidas pessoais, sendo de nosso interesse, podemos observar que todas as coisas importantes sustentam-se em bases sólidas. O carro que nos conduz ao trabalho apoia-se no combustível; a casa, nos alicerces; a escola dos filhos se garante na experiência do professor; assim também se expressam os sentimentos humanos. É fundamental reconhecer a necessidade vital da paciência para enfrentarmos os desafios equilibradamente, preservando a saúde orgânica e emocional. Ser paciente é um exercício diuturno, silencioso e raramente observado por terceiros. Exercitar a paciência conduz ao esmero na humildade. O Evangelho explica ser a paciência a virtude de suportar sem queixas e com esforço os incômodos; capacidade também conhecida como resiliência. E a humildade, o respeito, a reverência e um certo grau de submissão. Somadas ambas as características, encontramos os instrumentos necessários no cultivo da paciência, Humberto de Campos narra a história das Três árvores: na densa floresta havia três árvores muto antigas e, em conversa, cada qual expunha seus planos para o futuro. Uma disse que sonhava ser utilizada para o trono do maior governante; a outra sonhava em ser o carro de transporte do maior tesouro; e a última queria ser a torre nos domínios do rei que indicasse o caminho do céu. Após alguns segundos, o mensageiro celeste desceu à floresta afirmando que o Pai recebera suas rogativas.
Decorridos uns dias, lenhadores inescrupulosos invadiram a floresta trazendo devastação e desalento. As plantas vizinhas, atônitas de prantear, testemunharam as grandes árvores sendo derrubadas e seus galhos e troncos despidos arrastados trilha afora. Mesmo despedaçadas, elas confiaram no Supremo que lhes enviara a mensagem. Resignadas, foram separadas umas das outras, sofrendo solavancos das viagens. Aquela que sonhava em ser trono de um rei foi comprada por um criador de animais e talhada em forma de um cocho de alimentação. A segunda, em vez de transporte de tesouro de seus lenhos, construiu um barco de pesca. A última, pretendente à torre, viu-se constrangida em um objeto de tortura.
Décadas correram, e o cocho foi coberto com palha acolhendo recém-nascido das mãos de Maria de Nazaré, servindo de berço para o dirigente mais alto do mundo. O barco transportou Jesus pelos lagos de Genesaré, testemunhando os mais belos momentos da história humana; e, por fim, o objeto de tortura foi apressadamente transformado em cruz e seguiu com Ele, o Senhor, para o monte; e ali, valorosa no extremo sacrifício, fez-se a torre indicando o caminho para o Reino.
Todos nós podemos endereçar a Deus em qualquer parte, em qualquer tempo, as mais variadas preces; no entanto, nós todos precisamos cultivar a paciência para esperar e a humildade para compreender as respostas de Deus.
Por Iriê Salomão de Campos, Comunidade Espírita “A Casa do Caminho” – ‘Artigo do Dia’ Publicado no espaço quinzenal cedido pelo Jornal Tribuna de Minas, 05 de novembro de 2011, Juiz de Fora – MG.
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