O homem caminha pelo planeta encerrado em um continente, dentro de uma cidade, percorrendo uma rua em busca de um sonho, talvez nem ele próprio saiba que sonho é. Simplesmente vaga de lá para cá e vice versa. Do berço ao túmulo ocupa instintivamente o espaço que lhe é determinado pela vida, sem que traga em si mesmo maiores pretensões. Outros a seu turno, se arvoram para cima das oportunidades na gula e afã de se realizarem na conquista de tudo que possa ser conquistado. Uma e outra situação leva a extremos opostos e perigosos. Alguns se contentam com o pouco ou nada que possuam sem qualquer tentativa de maior esforço, o outro afronta por sua ganância.
Qual o caminho que está certo? Pensando com um pouco mais de seriedade, podemos ver que a vida é bem mais que um simples jogo de erros e acertos ou um evento instintivo que vamos vivendo dia após dia, do acordar ao dormir repetidamente, sem maior propósito. A vida é dádiva divina, onde a cada um cabe conquistar com honra e dignidade o seu espaço e isto sabemos quase que de maneira instintiva: o meu lugar é estabelecido por uma ordem natural que rege a sociedade e o meu direito termina onde se inicia o do próximo. É uma questão simples de respeito.
Quando a vida nos apresenta uma dificuldade é muito comum que nos desesperemos, saímos do controle perdendo o equilíbrio, culpando aos mais próximos e a quantos pudermos por nossas mazelas. Quando de fato a dificuldade é um degrau de evolução. Solucionar um problema é vencer a si mesmo, pois os recursos estão em nosso interior, forjados nas emoções, conhecimentos e vivências. Se uma dificuldade nos leva à perturbação, perdemos a capacidade de raciocinar com clareza, aí os instintos falam mais alto levando certamente a um desequilíbrio crescente.
Para encontrar a justa medida entre o certo e o errado é necessário controle emocional.
Somos filhos de Deus e como tal é necessário viver, somos a modesta parte da grande Centelha Divina, que caminha pelo mundo no esforço do aprimoramento espiritual, sem fugir às responsabilidades que nos cabem de acordo com o lugar de cada um no ciclo social.
Se a agitação nos ronda, prudência e equilíbrio para não abalar as emoções. Se a dor nos avizinha, redobre a fé lembrando que o Cristo jamais nos desampara. Diante do fracasso financeiro, resguarda-se de atitudes extremadas, lembrando sempre que Deus zela por nós, mesmo que o momento não seja de clareza, o mal jamais perdura e o bem sempre vence. Viva como se deve viver buscando dentro de si mesmo a luz divina, seja exatamente o que deseja ser, sem jamais esquecer que o melhor caminho é o da subida espiritual evoluindo sempre, tendo o Cristo o modelo maior.
Por Iriê Salomão de Campos, Comunidade Espírita “A Casa do Caminho” – ‘Artigo do Dia’ Publicado no espaço quinzenal cedido pelo Jornal Tribuna de Minas – 27 de julho de 2013 – Juiz de Fora – MG.
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