Em meio às dificuldades que assolam o ser humano na luta pela sobrevivência material, comumente encontramos pessoas se debatendo no próprio íntimo, repletas de aflições inconsoláveis. Buscam aqui e ali algum bálsamo que alivie a ardência que as consome. A angústia apertando o peito impede o sono reparador, dificulta a digestão, inibindo o apetite; por vezes, a pessoa é acometida por fortes dores de cabeça devido à tensão imprimida ao corpo. Clamando por alguma dose de paz, muitos vagam sem destino, vivendo por viver.
A doutrina espírita nos ensina que a melhor caminhada pela vida é aquela que percorre a estrada do servir. Aprender a viver neste mundo de tantos contrastes, servindo como, quando e onde puder. Somos tão despreparados para o mais profundo sentido do que é viver que mal entendemos o que seja servir. Para servir cristãmente nem sempre é necessário utilizar-se de qualquer recurso material. Servimos aos amigos e também aos estranhos, com a nossa maneira de viver.
Muitas vezes, a simples saudação alegre e espontânea consola e acalma um amigo mais aflito. Enquanto um cumprimento triste ou irritadiço pode ampliar a angústia já residente no coração alheio. O cidadão que está ao seu lado no trânsito ou no assento do ônibus, por menos humor e simpatia que aparente, não é nosso inimigo, não se deve brigar ou emitir as mesmas emoções que dele percebemos, pois receberemos de volta tudo aquilo que espargirmos.
Se alguém se queixa da vida, não devemos contribuir com mais tristezas, relatando as nossas lamentações, aumentando o fardo já tão pesado do triste companheiro. O verdadeiro aprendiz do cristianismo deve responder aos queixumes com palavras de ânimo e alegrias sinceras, para que a esperança reacenda no colega a vontade de viver. Em cada dia de trabalho, refugue com todas as forças a rotina, que cansa, corrói o entusiasmo e a alma. Executemos nossas tarefas com dedicação e zelo, amor e sabedoria, alegria e satisfação, para que a cada dia consigamos ampliar o nosso estoque de bem viver, ampliando nossas forças para auxiliar todos que nos cercam, reanimando-os com esperança, extinguindo as aflições e acendendo em cada coração amigo a chama da fraternidade que nos conduz à paz interior, tal qual ensina Jesus.
Por Iriê Salomão de Campos, Comunidade Espírita “A Casa do Caminho” – ‘Tribuna Livre’ Publicado no espaço quinzenal cedido pelo Jornal Tribuna de Minas, 03 de março de 2018, Juiz de Fora, MG.
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