Em toda realização pessoal e/ou coletiva, existem dois lados ou duas alternativas de abordagem para execução da tarefa.
A existência da constante dúvida da escolha, do ser ou não ser, ou mesmo do conhecido “e se”, é parte comum na cultura popular, daquilo que na Doutrina Espírita é chamado de livre-arbítrio. É através dele que testemunhamos efetivamente o caráter de nossas ações, portanto demonstramos quem realmente somos e o que pretendemos, sem o qual jamais haverá progresso efetivo.
Pode o cidadão organizar um grande movimento ao redor de uma excelente causa humanitária, mas, se ele não trouxer dentro de si aquilo que seja de legítimo bem, o seu esforço será passageiro e em vão, como a semente atirada sobre a pedra.
Há quem exalte em altos brados o legítimo direito de se expressar verbalmente com total liberdade, mas, se suas palavras não trouxerem a mensagem edificante e sincera, simplesmente falará para muitos por pouco tempo e atrairá para si mesmo as consequências dos fatos advindos de seus discursos.
O trabalho no mundo das finanças é tarefa de alguns, e o desenvolvimento econômico é de fundamental importância ao bem-estar e fator de impulsão no progresso civilizatório, mas este não pode se dar a todo e qualquer custo. Porém não pode ultrapassar a lei do respeito geral ao meio em que se desenrola, porque acarretará o desequilíbrio generalizado e as dores e realidades jamais pensadas.
É necessário que nos corrijamos pessoalmente, antes de querer a modificação do outro. A corrigenda pessoal serve de exemplo para cada indivíduo que nos observa, assim pode-se contagiar o todo social, e o progresso se dará ampliadamente.
A tarefa de autocorreção não exige esforço transcendental ou reclusão monástica, requer, sim, que sigamos o Divino Mestre quando nos ensina a fazer a boa parte, que é bem diferente do fazer que nos é possível.
Fazer o possível está diretamente vinculado à vontade pessoal. Se esta é pequena ou inexistente, fazemos o possível de qualquer jeito. Como se faz, escondendo a sujeira embaixo do tapete, atrás do móvel ou praticando pequenas mentiras e desculpas.
Jesus ensina a fazer a boa parte, esta que é sempre o lado do esforço pessoal, de realizar nossas tarefas com plenitude e dignidade. Este é o melhor exemplo da moral cristã agindo com dignidade em qualquer situação diante dos acontecimentos e das pessoas.
Todo aquele que procura a “boa parte” e nela se detém colhe no campo da vida terrena o fruto espiritual que lhe enriquecerá a existência e jamais lhe será tomado. Como nos ensina o Mestre de Nazaré.
Por Iriê Salomão de Campos, Comunidade Espírita “A Casa do Caminho” – ‘Tribuna Livre’ Publicado no espaço quinzenal cedido pelo Jornal Tribuna de Minas, 02 de fevereiro de 2019, Juiz de Fora, MG.
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